Quando penso em planejamento estratégico, a primeira imagem que vem à mente é a de uma grande apresentação de slides com metas globais, valores abstratos e um conjunto de ações engessadas para os próximos 5 anos. E sinceramente, já está mais do que na hora de mudarmos essa visão. Especialmente para as pequenas e microempresas, onde a flexibilidade e a inovação são cruciais, manter um planejamento estratégico tradicional com uma visão generalista, é uma falha fatal.
É hora de repensar completamente como enxergamos e aplicamos o planejamento estratégico nas empresas.
Primeiro, quero falar sobre algo que vejo com frequência: a análise SWOT sendo aplicada de forma global na empresa. Não entendo como isso ainda é um conceito amplamente utilizado quando falamos de pequenas empresas, ou até mesmo empresas um pouco maiores que têm mais de uma proposta de valor. Vamos ser claros: por mais simples que seja o seu negócio, ele sempre possui múltiplos nichos, diferentes modelos e diversas propostas de valor. Portanto, aplicar uma SWOT genérica, analisando a empresa como um todo, não faz sentido algum.
A verdade por trás da análise SWOT
Quando você tenta colocar tudo em uma única análise SWOT, você acaba tratando de uma maneira só o que deveria ser analisado em várias camadas e dimensões. Cada proposta de valor, por exemplo, merece uma análise própria, focada nas características daquele nicho, nos desafios específicos e nas oportunidades exclusivas que ele oferece. Não dá para engessar tudo em uma única análise e esperar que isso seja eficaz.
A grande questão aqui é: o planejamento estratégico não é uma receita pronta. Ele deve ser adaptado e moldado conforme a natureza de cada segmento de negócio. E mais, quando se trata de pequenas e microempresas, é fundamental olhar de perto cada proposta de valor e analisar a fundo o que ela oferece para o mercado. Cada uma delas precisa de um olhar detalhado e inovador. As estratégias devem ser pensadas para potencializar essa proposta, de modo que você crie estratégias específicas para cada uma delas.
Estratégias, no plural
E é aqui que entra o meu ponto principal: planejamento estratégico não é uma única estratégia, mas sim estratégias. No plural. Planejar para crescer exige que você vá além do que já existe, do que já é funcional. Crescer não é só fazer o que já fazemos da melhor maneira possível, mas também criar novos caminhos, inovar, testar, experimentar e, por que não, falhar e aprender com isso.
Cada proposta de valor deve ser acompanhada de estratégias específicas, com testes práticos, experimentações e ajustes contínuos. Isso implica que o planejamento estratégico deva ser uma prática viva, que se renove e se ajuste constantemente. A cada novo passo, é importante que você esteja testando novas possibilidades, criando alternativas e adaptando os processos às novas oportunidades de mercado.
Se estamos falando de estratégias para o futuro, estamos falando de um processo contínuo de inovação. O planejamento estratégico que realmente gera resultados é aquele que permite ao empresário olhar para o mercado e para sua empresa e dizer: “O que mais eu posso fazer aqui? Quais novas propostas de valor posso explorar? Como posso inovar ainda mais no meu modelo de negócio?”
O erro de seguir modelos rígidos e generalista
É isso que vejo acontecendo: muitos empresários se prendem a modelos rígidos, muitas vezes impostos por consultorias que querem vender uma fórmula pronta para todos os negócios, sem levar em consideração as características únicas de cada empresa. Esse tipo de planejamento estratégico me parece burocrático e mal aplicado.
O modelo geral, aplicado pelo mercado em geral, acaba não gerando valor real para o empresário, e acaba desmotivando quem realmente está no campo de batalha e entende que o crescimento de um pequeno negócio exige flexibilidade, inovação e ação constante
Não adianta fazer algo geral, global e genérico para sua empresa. É preciso ser absolutamente detalhista, partindo das propostas de valor existentes e possíveis. Esse é o ponto.
O verdadeiro planejamento estratégico
O planejamento estratégico, então, é um exercício constante de reflexão, ação e inovação. Ele precisa ser específico, orientado para resultados reais e moldado pelas necessidades de cada parte do seu negócio. Quando falo em estratégias, falo em algo que precisa ser testado, ajustado e melhorado continuamente. O futuro do seu negócio não está nos modelos prontos. Ele está na habilidade de inovar, de criar novas propostas de valor e de adaptar o planejamento conforme as mudanças do mercado.
Planejamento Estratégico não é algo que se faça com um consultor (não estou dizendo que o consultor não possa acompanhar), mas com seu time de negócios. É muito mais ter idéias de crescimento, do que idéias de metas. Metas devem ser para comprovar sucessos de estratégias, e não somente números a serem alcançados.
Faz sentido?
Portanto, para mim, a grande falha do planejamento estratégico tradicional é que ele se limita, de maneira rígida e burocrática, a um único modelo de ação. O verdadeiro planejamento estratégico é dinâmico e permite ao empresário criar múltiplas estratégias que podem ser ajustadas a cada proposta de valor ou nicho de mercado, sempre com o olhar atento para crescer, inovar e testar novas possibilidades.
Se você está pronto para inovar, criar seu Planejamento a partir de idéias e estratégias e ajustar seu planejamento constantemente, você está no caminho certo.
Para mim, o Planejamento Estratégico é algo que o empresário faz todo o dia, revisando as várias estratégias de ação, os resultados, criando novas idéias.
É o empresário com o mesmo ímpeto inicial quando era Empreendedor e iniciava seu negócio com um máximo pensamento em mente: "como posso ganhar mais em cada possibilidade que se mostra e que eu posso descobrir?"
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